O cotidiano de um advogado é sempre desafiador, especialmente quando se trata do atendimento direto aos clientes. Afinal, lidar com a personalidade dos diferentes tipos de cliente que passam pelo escritório é uma tarefa que exige muita atenção, paciência e atitude.
Para quem objetiva aumentar a captação e fidelização de clientes, um simples descuido no diálogo e na prestação do serviço podem fazer com que a clientela procure por outro profissional em necessidades futuras.
No artigo de hoje, apresentamos os 5 tipos de clientes mais comuns em um escritório de advocacia e os possíveis caminhos para melhor atendê-los. Confira!
1. O especialista
O especialista é aquele cliente que conhece detalhadamente a demanda que está levando ao advogado e que estudou previamente a legislação sobre o assunto, já tendo vivenciado a situação ou conhecido alguém que moveu processos judiciais parecidos.
Ao tratar desse tipo de cliente, o ideal é que o advogado não seja raso na sua abordagem. Utilizar termos técnico-jurídicos sobre o tema é uma boa forma de demonstrar domínio do conteúdo. Falar sobre jurisprudências e sobre sua experiência com outros processos relacionados também trará maior segurança ao cliente quanto ao resultado final da sua causa.
2. O reclamão
Reclamão é o cliente extremamente crítico a qualquer situação, seja em razão da demora no andamento do processo, seja por causa do comportamento do juiz, da necessidade de interpor recursos, do pagamento de custas judiciais, do valor dos honorários advocatícios etc.
A regra de ouro para portar-se diante desse cliente é, primeiramente, ouvi-lo, atentando-se para as reivindicações e demonstrando interesse em resolver qualquer tipo de pendência. Em seguida, ao fazer suas explanações, nunca prometa algo que não possa ser cumprido. A transparência é o que deve pautar seu atendimento, a fim de gerar credibilidade e confiança.
3. O tira-dúvidas
Esse tipo de cliente é aquele que questiona cada palavra escrita no processo, o significado de cada termo e das fases processuais e, em muitos casos, extrapola o contato pessoal para fazer questionamentos também por telefone, em horários inoportunos.
Nesse caso, seja gentil e responda de forma amigável e segura. Quanto às ligações em horários inoportunos, sabemos que às vezes elas são necessárias, dependendo do ramo no qual atua o advogado.
Mas, se não for esse o caso, não atenda. Envie depois um e-mail ou um SMS sutil, expondo sua disposição para esclarecer as dúvidas do cliente em horário comercial.
4. O esquecido
Entre os juristas, é comum o uso de um antigo ditado latino: dormientibus non sucurrit jus, que significa “o Direito não socorre aos que dormem”. Nada mais verdadeiro, pois os clientes que se esquecem de entregar documentos importantes em tempo hábil ou – em situações ainda mais delicadas – não se lembram da data de uma audiência, comprometem todas as horas de esforço e dedicação empenhadas no processo.
A solução é alertar previamente o cliente sobre acontecimentos importantes do processo, seja por meio de telefonemas, e-mails, SMS ou até mesmo através de aplicativos de trocas de mensagem (a secretária pode ficar a cargo dessas tarefas). Passe, também, a adotar softwares para controlar seus prazos e conferir suas publicações jurídicas.
5. O caloteiro
Nem sempre os clientes que não quitam o valor combinado na data estipulada são caloteiros, eles podem, simplesmente, ser clientes esquecidos. Entrar em contato para lembrá-los é a forma mais amistosa de se resolver a situação.
Entretanto, infelizmente existem pessoas que agem de má-fé. São aquelas que, depois de usufruírem dos serviços advocatícios, fazem de tudo para não pagar os honorários devidos.
A melhor forma de o advogado se resguardar desse infortúnio é elaborando um contrato escrito de honorários para cada novo cliente. Assim, evitam-se futuras desavenças sobre o que foi combinado e protege-se a remuneração do advogado ao final da prestação dos serviços.
A grande aliada do advogado que procura aperfeiçoar seu atendimento é a experiência do dia a dia, que lhe fará conhecer muitos outros tipos de cliente, bem como as ações e ferramentas que devem ser direcionadas a cada um deles para se obter sucesso profissional.
Gostou das nossas dicas? Deixe seu comentário e conte-nos quais são os tipos de cliente mais comuns em seu escritório!
Deixe um comentário (não realizamos pesquisas de processos para pessoas físicas ou prestamos serviços de consultoria jurídica)