Nunca se falou tanto em modernização dos escritórios de Advocacia como tem se falado atualmente.
A crise econômica e o aumento da competitividade do setor jurídico têm feito com que os advogados busquem consultores e soluções para deixar a gestão do escritório de Advocacia mais eficiente.
Somado a isso, ainda tem a questão da falta de tempo. Além de atender clientes, estudar os casos, acompanhar processos e participar de audiências e reuniões, o advogado, dono do negócio, muitas vezes, é o único responsável pela administração do seu escritório.
Modernizando os processos de gestão, o profissional terá mais tempo livre para continuar garantindo a qualidade dos serviços prestados.
Existem vários modelos de gestão que podem ser utilizados em um escritório de advocacia.
Para deixar o advogado mais familiarizado com o tema, vamos falar sobre os dois principais.
Gestão Vertical: a mais conservadora
Esse modelo centraliza o comando e o controle das atividades. A estrutura hierárquica é bem definida. As atividades são demandadas de cima para baixo e as decisões tomadas de forma unilateral, refletindo, assim, em todas as camadas hierárquicas seguintes.
Os problemas da gestão vertical são inúmeros: colaboradores infantilizados, lentidão nas decisões e nas ações da organização, e dificuldades na comunicação.
É um modelo visto por muitos como ultrapassado. Por isso, é necessário avaliar o quanto o escritório está perdendo em termos de tempo, energia e até dinheiro. Se o desperdício for grande, é hora de buscar uma solução mais moderna, como a Gestão Horizontal.
Gestão Horizontal: bem mais moderna e eficiente
Adotado pelas empresas de tecnologia, a gestão horizontal incentiva a valorização do trabalho colaborativo e a multidisciplinaridade das equipes responsáveis por um setor ou projeto específico. Super antenado, inclusive, às novas características do trabalho contemporâneo.
A gestão horizontal é um modelo que se baseia no empoderamento dos colaboradores. Eles passam a não depender mais de um superior para que atuem dessa ou daquela forma. O resultado disso é que eles acabam tendo um poder de decisão muito maior. Os processos ficam muito mais ágeis.
A adoção deste modelo implica em mais responsabilidade, já que todos os profissionais se comprometem com o planejamento, a execução das atividades e com os resultados obtidos.
Os funcionários precisam assumir a responsabilidade pelas próprias decisões, ainda que algumas delas sejam compartilhadas. E é o líder quem deve preparar a equipe para essa mudança.
Por isso, é preciso compartilhar as decisões e acompanhá-las ocasionalmente, colocando-se à disposição, ainda que não exista mais uma liderança efetiva.
Os sócios do escritório também terão que se adaptar à essa mudança de mentalidade, sabendo que os ganhos serão para todos.
Estímulo ao intraempreendedorismo e os desafios da Gestão Horizontal
A gestão horizontal tem como objetivo a redução de interferências e de atrasos decorrentes da relação entre setores e níveis hierárquicos estabelecidos. Esse processo garante um maior engajamento dos profissionais, estimulando o que chamamos de “intraempreendedorismo no escritório”.
Esse modelo de gestão é de longe o que pode proporcionar mais benefícios ao escritório de advocacia. Ela permite maior agilidade e flexibilidade da empresa, autonomia e satisfação do colaborador, e melhoria na comunicação seja dentro da companhia, com os clientes ou com o mercado.
A gestão horizontal também tem alguns desafios. Existe o risco de você perder alguns colaboradores, que não se adaptam ao novo modelo.
Os dois modelos podem ser adotados na gestão do escritório de advocacia. Cabe ao advogado gestor avaliar qual deles se adequa melhor à realidade e à maturidade organizacional, gerando mais ganhos para o negócio.
Na próxima semana, vamos falar de algumas ferramentas e aplicativos que vão ajudar no processo de gestão do escritório de advocacia.
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