Um em cada quatro empregos será substituído por robôs até 2025, segundo matéria publicada na revista Exame. Pasme: há gente que aposte em números ainda maiores!
Previsões exageradas ou não, a grande verdade é que a Inteligência Artificial influencia não só os trabalhos braçais, mas também intelectuais. Dentre eles, o Direito.
Os softwares e robôs estão assumindo cada vez mais funções nos escritórios de Advocacia. Muito mais que apenas analisar os documentos, eles compreendem significados, fazem correlações, são capazes de sugerir decisões e até alertam sobre mudanças no caso.
Os exemplos mais incríveis
Desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, o robô Ross já é funcionário de alguns escritórios dos Estados Unidos.
Enquanto isso, o Luminance, concebido pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, promete ajudar no processo de auditorias em fusões e aquisições.
No ano passado, um novo método de Inteligência Artificial da University College London conseguiu prever as decisões judiciais do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos com uma precisão de 79%. Foi a primeira vez que isso aconteceu.
Enquanto essa realidade complexa não se populariza…
Outros softwares de gestão de processos, documentos e serviços, como a do Informador Fácil, têm ganhado espaço aqui no Brasil.
A redução de custos e a agilidade nos procedimentos são os principais atrativos para a utilização dessas plataformas.
O objetivo não é substituir o advogado, mas fornecer ferramentas para que o profissional não perca muito tempo com tarefas corriqueiras. E tenha, assim, a maior quantidade de dados a seu alcance na hora de tomar decisões.
Os robôs vão substituir os advogados?
Intelectualmente robôs não substituirão advogados. Os profissionais, entretanto, irão considerá-los úteis, sobretudo para que consigam identificar rapidamente padrões em casos que levam a certos resultados.
Outros analistas apontam a Inteligência Artificial como uma ferramenta valiosa nos casos mais suscetíveis de violação.
Perspectivas para um futuro mais próximo
A eficiência dos robôs mais sofisticados ainda é cara, ultrapassando a marca de 1 milhão de reais por ano. A expectativa, entretanto, é que a Inteligência Artificial fique mais acessível.
Certamente ainda vai levar muito tempo até que cartórios e tribunais utilizam tecnologias tão avançadas. A pressão por mais eficiência, conforme já ressaltamos acima, é um fator que impulsiona a mudança de paradigmas.
A carreira de estrategista de dados, por exemplo, tem ganhado muita relevância do universo jurídico. O Instituto de Direito Público de São Paulo, por exemplo, lançou este ano o Curso de Extensão em Ciência de Dados Aplicada ao Direito.
Os advogados podem usar a tecnologia a seu favor, e só têm a ganhar com isso. É só estarem abertos à evolução tecnológica.
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